sábado, 18 de setembro de 2010

Banda Calypso recebe Mérito Grão-Pará

Condecoração reconhece grupo como uma das principais referências da cultura paraense



“Dança Calypso, Ana!” sugeriu alguém da plateia para a governadora Ana Júlia Carepa (PT), durante a entrega da Medalha do Mérito Grão-Pará à banda Calypso, na tarde de quarta-feira(1 de setembro ). Conceder a maior comenda do Estado a dois artistas populares já é algo incomum, mas a governadora não se fez de rogada e aproveitou para quebrar o protocolo. Balançou as madeixas no melhor estilo Joelma, para um seleto, mas animado público composto por jornalistas, servidores públicos e representantes de 15 fã-clubes oficiais da banda.

A Calypso foi escalada como uma das atrações principais da XIV Feira Pan-Amazônica do Livro, mas a ideia da condecoração não fazia parte da agenda oficial do evento. Era uma vontade antiga da governadora, que só estava à espera da oportunidade para fazer acontecer. E ela surgiu com o evento promovido pelo governo, a poucos dias das eleições. A honraria é tradicionalmente concedida a personagens que tenham prestado serviços relevantes ao Estado.

“É um dia histórico”, disse Ana Júlia, assumindo o duplo papel de governadora e Grã-Mestra da Ordem do Mérito Grão-Pará. “O Calypso não apenas representa o Pará, como representa a nossa cultura. Eles levam o nome, a cultura, a culinária, a música, a dança, os costumes do Estado. Poucos sabem, mas a Joelma e o Chimbinha também fazem um trabalho maravilhoso em defesa do meio ambiente, como parceiros e apoiadores do reflorestamento da Amazônia”, falou, fazendo referência ao projeto “Um bilhão de árvores para a Amazônia”, que pretende até 2013 plantar um bilhão de mudas no Estado.


Visivelmente emocionados, Joelma e Chimbinha receberam, além do título de Oficiais da Ordem do Mérito do Grão-Pará, uma medalha cada um, pelo trabalho artístico e cultural desenvolvido ao longo de seus onze anos de carreira. Pronto, agora é oficial: a banda Calypso entra para a história como uma das maiores referências da cultura paraense.

“Nunca passou pela nossa cabeça que algo assim fosse acontecer. A gente era tão pequenino, mas acho que Deus olhou o maior”.
Este é o maior reconhecimento que podíamos atingir: sermos homenageados na nossa terra". A fala emocionada é da cantora Joelma, da banda Calypso, ao receber a Medalha da Ordem do Mérito do Grão-Pará, estampando um sorriso no rosto e a medalha no peito.

Condecoração feita àqueles que realizaram feitos significativos para o Estado, da governadora Ana Júlia Carepa,. A honraria foi recebida por ela e pelo marido e companheiro de trabalho Chimbinha, guitarrista da banda que atualmente melhor representa o Norte para o País.
A Medalha da Ordem do Mérito do Grão-Pará é a maior honraria atribuída no Estado. Segundo a governadora Ana Júlia, a dupla que lidera a banda Calypso merece a homenagem pelo trabalho desenvolvido pela divulgação nacional da cultura paraense. Em seu pronunciamento, a governadora frisou que o casal, além de ter uma respeitável produção artística, também merece a honraria por carregar a bandeira da preservação ambiental. "A banda Calypso é um orgulho para o nosso Estado não só por levar a música paraense ao mundo. A preocupação que eles têm com questões ambientais, por exemplo, é mais um motivo para respeitarmos o trabalho deles", afirmou a governadora. Joelma e Chimbinha são responsáveis por uma área de reflorestamento no Pará.

Joelma e Cleidivan - nome verdadeiro de Chimbinha - começaram o projeto da banda Calypso há mais de dez anos. Após muitos atropelos e tempo desperdiçado em tentativas mal-sucedidas de atingir a fama, os dois chegaram ao sucesso de uma forma que nunca haviam imaginado. "Quando relembramos nossa história, quando passa esse filme em nossa cabeça, chega a ser inacreditável os números que atingimos e o carinho enorme que o público tem por nós", disse Chimbinha.

A surpresa do cantor ao perceber a dimensão do sucesso que a banda atingiu faz todo sentido. A banda Calypso já ganhou diversas premiações, tendo sido indicada ao Grammy Latino de melhor álbum regional e até para o prêmio Nobel da Paz. A banda Calypso recebeu reconhecimento nacional ao popularizar o brega, ritmo até então marginalizado, e fazer com que o estilo chegasse ao topo de paradas de sucesso do País. "Começamos tudo por amor à nossa cultura e à nossa música. Fazemos parte da cultura popular e conseguimos levá-la à todo o Brasil. Isso é um orgulho", declara Joelma.

A ascensão da banda Calypso é uma conquista que literalmente foi atingida com o próprio suor. Além de serem respeitados pelo trabalho e por estimularem outros artistas paraenses (Chimbinha já fez mais de 300 participações em trabalhos de músicos regionais), a Calypso foi considerada a banda independente que mais vendeu da história da música brasileira, mérito que representa uma revolução na indústria fonográfica. Com as próprias pernas, a Calypso chegou ao sucesso internacional e hoje colhe frutos de anos de luta. "Estamos muito felizes com a condecoração. É um estímulo para continuarmos dando o melhor de nós e representando bem nosso Estado pelo mundo a fora", garante Chimbinha.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

XIV Feira Pan-Amazônica do Livro !


Neste mês de agosto, o Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia estará totalmente ocupado pela XIV Feira Pan-Amazônica do Livro. Construído em uma área de 63 mil metros quadrados, o mais moderno Centro de Convenções do Norte do país tem estrutura interna distribuída em dois pavilhões - o Hangar 1, com cerca de 9.000m2, e o Hangar 2, com 12.000m2, espaços que estarão dedicados exclusivamente à literatura, abrigando 400 expositores e atividades culturais com ambientação dedicada aos países africanos que falam português, grandes homenageados desta edição.

No térreo do Hangar 1 está situado o Pavilhão de Feiras, que receberá 176 estandes. O local não possui pilares e tem pé- direito de até 20 metros, deixando o espaço mais versátil para a montagem dos estandes. No andar superior estão localizadas 12 salas multiuso que irão sediar uma intensa agenda cultural, como cursos e oficinas.

No Hangar 2, o auditório central possui 1.880m2 e capacidade para receber 2.200 pessoas confortavelmente. Modulável, este espaço pode ser transformado em 2, 4 ou até em 8 auditórios. Na XIV Feira Pan-Amazônica do Livro ele estará com estrutura preparada especialmente para atividades com alunos de escolas públicas, encontro com escritores convidados e área dedicada a autores paraenses, além de projeções de filmes e vídeos.

Além do auditório central, o Hangar 2 abriga as salas Belém, Pará e auditório Marajó 1 e 2. Todos esses espaços receberão cursos, palestras, oficinas e os famosos bate-papos com escritores, aproximando autores consagrados de seus inúmeros leitores. As principais palestras serão transmitidas pela internet atrás do programa Navega Pará.

O Salão B será novamente espaço exclusivo dos pequeninos leitores, abrigando acervos literários somente para o público infanto-juvenil. Repetindo o sucesso do ano anterior, o salão será ambientado e preparado para que a criançada possa circular tranquilamente, interagindo com os livros à vontade. Em 2010 a Feira Pan-Amazônica deve novamente crescer para a área externa do Centro de Convenções, com mais espaços dedicados a esse público segmentado, repetindo ações que tiveram grande retorno de público como ocorreu em 2009 com as tendas dedicadas ao Parque da Mônica e a Cidade do Livro (só este último recebeu 3 mil crianças).

A praça de alimentação também será expandida ainda mais para a área externa, somando 500m², e a Cozinha Industrial Anna Maria Martins, inaugurada no ano passado e classificada por especialistas como uma das mais modernas do Norte e Nordeste do país, também estará funcionando a pleno vapor, produzindo até 2,5 mil refeições por hora.

Toda a área do Centro de Convenções tem cobertura de internet sem fio (wireless) para uma melhor comodidade do usuário, que conta com ambiente climatizado e o conforto de um estacionamento com mais de mil vagas.


Foto: Bruno Carachesti

Assessoria de imprensa da Feira Pan-Amazônica do Livro

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Se eu morrer antes de você ...

Faça-me o favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente a sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de
demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim,
diga apenas uma frase:
-"Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!" Aí então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se naugura aqui mesmo o seu começo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Dicas de Português

PONTUAÇÃO

ERRADO: “Avança Brasil.”
CERTO: “Avança, Brasil.”

Não devemos separar com vírgula o sujeito do seu predicado. No caso, o Brasil não é o sujeito do verbo avançar. Não se trata de uma frase afirmativa. O verbo está no imperativo. O Brasil é vocativo. Deve, por isso, ficar separado pela vírgula.
Observe a diferença que existe devido ao uso ou não da vírgula: 1ª) “Meu filho vem jantar em casa”; 2ª) “Meu filho, vem jantar em casa”. Na primeira frase, temos uma afirmação. “Meu filho” é o sujeito e o verbo (=vem) está no presente do indicativo. Na segunda, temos um chamamento. “Meu filho” é o vocativo e o verbo está no imperativo.

ERRADO: “O ex-técnico da seleção brasileira, Telê Santana, afirmou…”
CERTO: “O ex-técnico da seleção brasileira Telê Santana afirmou…”

Só devemos usar as vírgulas quando se trata de aposto explicativo. No caso “Telê Santana” não deve ser separado por vírgulas, porque é um aposto especificativo. Para distinguirmos o aposto explicativo do especificativo, podemos usar a seguinte “dica”: se for cargo não exclusivo (=ex-técnico da seleção brasileira existem muitos), é aposto especificativo (=sem vírgulas); se for cargo exclusivo, é aposto explicativo (com vírgulas). Observe a diferença: “O atual técnico da seleção brasileira, Dunga, afirmou…” (O atual técnico da seleção brasileira é só um, é cargo exclusivo). Vejamos outro exemplo: “O presidente Luís Inácio Lula da Silva afirmou…” (= existem outros presidentes); “O presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, afirmou…” (= presidente do Brasil é cargo exclusivo).
Na frase “O vice-presidente da Escola de Samba Tamos aqui, Zezé Pezinho, afirmou…”, surge uma dúvida: Zezé Pezinho é o único vice-presidente (= haveria vírgulas) ou a grande escola Tamos aqui tem dois ou mais vice-presidentes (= não haveria vírgulas). Em caso de dúvida, a melhor saída é inverter a posição dos termos da oração. Se escrevermos “Zezé Pezinho, vice-presidente da Escola de Samba Tamos aqui, afirmou…”, as vírgulas são obrigatórias. Sempre que o nome próprio vier antes, o título será um aposto explicativo e deverá ficar entre vírgulas.

ERRADO: “O homem que é um ser mortal deve respeitar a natureza.”
CERTO: “O homem, que é um ser mortal, deve respeitar a natureza.”

A oração grifada deve ficar entre vírgulas porque é subordinada adjetiva explicativa. Se fosse uma oração subordinada adjetiva restritiva não usaríamos as vírgulas: “O homem que trabalha vence na vida.” A diferença é que todo homem é um ser mortal (explicativa = com vírgula) e que nem todo homem trabalha (só o que trabalha vence na vida – restritiva = sem vírgula).
Em “O homem, que vinha a cavalo, caiu”, o uso das vírgulas (= oração subordinada adjetiva explicativa) informa que o homem caiu e explica que ele vinha a cavalo e sozinho (=não havia outros homens). Em “O homem que vinha a cavalo caiu”, a ausência das vírgulas (=oração subordinada adjetiva restritiva) altera o sentido da frase. Significa que havia outros homens e que aquele que vinha a cavalo caiu. Os outros provavelmente usavam outros meios de locomoção: de moto, de bicicleta, a pé, sobre jumentos, camelos… E não caíram.

ERRADO: Segura peão.
CERTO: Segura, peão.

A ausência da vírgula pode causar um incidente. Em vez de o peão segurar o touro, algum segurança desavisado pode querer ficar agarrado ao peão. Seria constrangedor! Sem a vírgula, o peão é o objeto do verbo segurar, ou seja, aquilo que deve ser segurado. É como se alguém mandasse segurar o peão. É o caso de “segura o touro”. Aqui temos a ordem correta para segurar o animal. Com a vírgula (“segura, peão”), peão passa a ser o vocativo, ou seja, agora é o peão que está recebendo a ordem de segurar… provavelmente o touro.
Se alguém gritar “pega ladrão”, não sobra um, meu irmão. Essa todos conhecem. É para pegar o ladrão, que é o objeto do verbo pegar. Perigo maior haveria se você gritasse “pega, ladrão”. Aí o ladrão vira vocativo e passa a ter o direito de pegar tudo que quiser.

ERRADO: “O diretor afirmou: não pensar em demissões.”
CERTO: “O diretor afirmou não pensar em demissões.”

O diretor pode não estar pensando em demissões, mas deveria pensar em dispensar os dois-pontos. Só precisaríamos dos dois-pontos se fosse discurso direto, ou seja, a transcrição da fala do diretor. Nesse caso haveria mudança no tempo do verbo: O diretor afirmou: “Não penso em demissões”.
Na frase O governador observou que: “as escolas merecem mais atenção”, temos uma grande salada. Ou usamos a conjunção “que” ou usamos os dois-pontos: O governador observou que as escolas merecem mais atenção ou O governador observou: “As escolas merecem mais atenção”. É interessante notar a sutil mudança de sentido do verbo observar.


Dicas do prof° Sérgio Nogueira

http://colunas.g1.com.br/portugues/

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Opinião: Estar no mundo virtual faz esquecer que ele está inserido no real !



A ampliação do conhecimento pelas pessoas se deve muito ao advento da internet. Quem tem acesso a ela, esteja onde estiver, pode saber de coisas que, de outra forma, seria quase impossível. Inclusive, entra-se em contato com a produção científica, que antes era restrita às bibliotecas universitárias.

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Mas não é só isso: compras são feitas, operações bancárias realizadas, acompanhamento da vida escolar dos filhos, e tantas outras coisas... Inclusive, as pessoas se relacionam com outras através da internet, fazendo coisas que para elas seria inconcebível de outra forma. Afinal, não têm que encará-las frente a frente.

Tanto é assim que, nas redes sociais, as pessoas chegam a fazer um diário sobre suas vidas. Contam tudo. Algo que, em outros tempos, se restringia a um diário, que era apenas lido por quem o escrevia, tendo segredos ou não. Era um espaço privado.

Hoje, por pouco que possam dizer sobre si, estão se expondo a milhares de pessoas em todo o mundo. Sem ter bem clara a exposição que terão. Com a diferença de que, queimado o diário, ele deixa de existir. Na internet isso não acontece – não basta deletar uma informação, foto ou vídeo, eles podem ter sido copiados por alguém, que vai usá-los como bem entender. Não se tem o controle das coisas.

Isso tem complicado a vida de alguns adolescentes (não só deles), como a menina de 14 anos que teve sua intimidade exposta em imagens num site de relacionamento. Ou o rapaz de 19 anos que deu detalhes de sua vida pessoal, ajudando pessoas de má-fé a planejarem seu sequestro.

Estar no mundo virtual faz esquecer que ele está inserido no real. Com uma ideia de que se tem controle sobre ele, que se está no comando, bastando dar um clique. Essa é uma das características observadas nos adolescentes, que sentem poderem e saberem tudo, como se sempre estivessem no controle das coisas e de suas vidas. Como a ideia de que usar droga depende só da vontade deles, achando que podem parar de usá-las na hora que bem entenderem.

Assim, acabam agindo de maneira impulsiva, não considerando todos os fatores envolvidos numa ação. O que fica difícil balizar quando se lida com a internet, pois justamente não é possível fiscalizar para onde vão as informações lá colocadas e o que vão fazer com elas. Perde-se o control.


Eaí, oque você acha disso ?? Leia e dê sua opinião!!



http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/08/opiniao-estar-no-mundo-virtual-faz-esquecer-que-ele-esta-inserido-no-real.html